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  • Foto do escritorCelma Pinto S Póvoa

CRÔNICA - POR TRÁS DA SERRA

Atualizado: 29 de mai. de 2022






POR TRÁS DA SERRA


No quilômetro da felicidade a direita do sossego em estrada feita de paralelepípedos e azulejos de barro de louça. Caminha-se para um dos lugares mais belos do Oeste da Bahia. É as margens do Rio Grande.


No trajeto, uma serra montanhosa, uma colina instigante. Não permite visibilidade do que tem por trás, consentindo expectativas prazerosas em meio ao desconhecido. Sempre em declive, avista-se uma ponte estreita uma forma geométrica em linhas retas horizontais nas laterais, que servem de proteção para pedestres que se arriscam em registrar tamanha beleza.


Embaixo dessa estrutura em amarelo passa o Gigante Rio Grande. Têm águas mais escuras devido fragmentos de rochas. Causando mistério e respeito com a imensidade de águas. Faceiro e sorrindo vai bailando suas águas, renovando sempre em milésimos de segundos.


O rio cheio de pedras enormes ricas em energias naturais, possuem força. São capazes de despertar sensações superiores. Troca química homem natureza. Pássaros livres sobrevoam amistosamente. Como pluma percebem do alto o que se almeja o homem visitante.


Uma beleza fascinante são os Buritis que de suas folhas podem produzir uma fibra utilizada no artesanato, na fabricação de bolsas, cobertura de teto, rede, corda, e outros objetos. Mas Por Trás da Serra os Buritis férteis e carregados de frutos embelezam o ambiente transcendendo uma beleza em paz interior.


Os frutos vão caindo em câmera lenta em águas correntes do Rio Grande enfileirados partem em busca de um remanso onde servirão de alimento para peixes bem mais adiante. Os olhos contemplam essa oscilação de água em correnteza e frutos em movimentos. Um espetáculo aquático.


As Palmeiras Coqueiros em lados opostos brilham em amor com tanta formosura. Enamora de longe os Buritis. Se amam a distância. Em olhares apaixonados balançam suas folhas faceiros, levando os visitantes se sentirem ditosos e maravilhados.


A noite cai e com chuva. Pingos fortes travam batalhas no telhado.

Depois de apreciar belezas ao olhar do sol. A noite chega. Orvalhos, terra molhada, vento suavemente anunciando que a vida é bela.


Sentado em alpendre. Rede à disposição. Percebe-se luzes que piscam suavemente. São os Vagalumes, Pirilampos que sobrevoam o verde em noite de chuva mansa. A luz é um piscar. É uma discoteca natural de brilho livre.


Em acrobacias dançam a dança da luz do amor. Machos e fêmeas brilham, mas quem inicia o show de luzes ao cair a noite são os machos, brilham muito para conquistar o acasalamento.


Vagalumes são apontadores de saúde do meio ambiente. As ausências deles anunciam poluição dos rios em agroecossistemas quando se faz uso de pesticida. Isso significa que, Por trás da Serra o ambiente está saudável.


Eles chegam em milhares. Amam umidade e são naturalmente atraídos por áreas com bastante água e porções de terra molhada. É a saúde ambiental em foco.


Vagalume ou Pirilampo são denominações de insetos coleópteros da família Elateridae. O brilho é uma reação química, uma oxidação biológica originada no organismo dos insetos com Bioluminescência que é a produção de luz por organismos vivos.


São insetos que vivem ao redor do mundo em ambientes temperados e úmidos. Eles só não gostam de zonas frias e círculo Polar Ártico.


É sempre auspicioso ver luz natural de um vaga-lume. Causam situações afortunadas de lazer, satisfação e amadorismo em um espetáculo da natureza e beleza noturna.


Pela manhã a serra em tons de verde lembra um picolé com cobertura de orvalho neblina e neve. É a evaporação das águas. Observar tamanha beleza traz uma sensação de prazer absoluto.


O fim é belo! Fim de viagem. Por Trás da Serra é início de muita satisfação, distração e contentamento. É um lugar incrível!



Luís Eduardo Magalhães – Bahia, Brasil 16 de janeiro de 2021


Celma Pinto dos Santos Póvoa




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1 Comment


silvanisil0111
Jan 17, 2021

Sensacional amiga 👏👏👏👏👏

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